29/11/10
só espero que o que te leve
seja o vento
e não a tempestade
que assola o meu coração
que já não sente
a passagem do dia para a noite
já que todos os ruídos se calaram
com a solenidade do momento
e as sobrancelhas se fecharam
à luz que a perspectiva de um novo dia que poderá existir
sintamos então esta mágoa de português
e preparemo-nos para o velório
agora que novamente se torna claro
a inaptidão de quem está de partida
sentir que fazes falta
e ouvir mil explosões no ar
continuadamente
a adoecer
e nada faz o tempo parar
o tiquetaque das pessoas que agora se preparam
para se despedir
e reparam
que de nada vale um sorriso fechado
um abraço sentido
uma palavra ao ouvido
de nada vale querer sentir
o que não pode ser sentido
Adorei, Ana... lindíssimo!
ResponderEliminarAinda bem que gostaste :)
ResponderEliminarÉ um poema do qual me orgulho.