Mais um poema para esta trilogia de poemas que criei. Ainda não sei se no fim será uma trilogia ou mais conjuntos de poemas sob o mesmo molde. Tenho de ver onde este projecto me leva. Mas aqui fica a segunda parte. Nem sequer sei se os vou usar no futuro, mas estou a testá-los.
m.e.d.o – parte II: entre nós
poucas são as vezes
em que arranjamos tempo
para ter consciência
do que somos
para ter consciência
do que é sentir os outros
sem outras pretensões
sem outras protecções
porque o medo
de encontrar um reflexo no outro
é mais aterrador
do que a dor
que sentimos
quando a nossa verdade
desperta
a minha verdade
é a tua verdade
está no teu sorriso
quando não vês
as barreiras
que nos separam
e nada mais há a fazer
para além de estender a mão
a esta nova voz
de uma nova cumplicidade
que rasga o medo
de ser feliz
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