Gary Lenhart
Footprint on Your Heart
Someone will walk into your life,
Leave a footprint on your heart,
Turn it into a mudroom cluttered
With encrusted boots, children's mittens,
Scratchy scarves—
Where you linger to unwrap
Or ready yourself for rough exits
Into howling gales or onto
Frozen car seats, expulsions
Into the great outdoors where touch
Is muffled, noses glisten,
And breaths stab,
So that when you meet someone
Who is leaving your life
You will be able to wave stiff
Icy mitts and look forward
To an evening in spring
When you can fold winter away
Until your next encounter with
A chill so numbing you strew
The heart's antechamber
With layers of rural garble.
música, literatura, poesia, metal, rock, poetry, literature, music, heavy metal, rock music, progressive music, música progressiva, escrita, livros, writing, books
sábado, 29 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Poema do dia
Pedro Tamen
Não sei, amor, sequer, se te consintoou
se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.
Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas
outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,
o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.
Não sei, amor, sequer, se te consintoou
se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.
Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas
outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,
o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.
sábado, 22 de maio de 2010
Novo Poema: espiral de estrelas
espiral de estrelas
tudo é simples.
as palavras são só palavras.
as mentiras são só mentiras.
os esconderijos são só esconderijos
onde nos resguardamos da correnteza
onde silenciamos as vozes.
os sonhos são só sonhos.
os buracos negros são só buracos negros.
a espiral de estrelas
quando estamos a ir ao fundo
do avesso
esta pele simples
pressente
que seremos mais fortes
mais cegos e mais surdos
a cegueira é só cegueira.
a surdez é só surdez.
estas sombras
que tens
dentro das mãos
onde pousas a cabeça
trair-te-ão sempre com simplicidade
tudo é simples.
as palavras são só palavras.
as mentiras são só mentiras.
os esconderijos são só esconderijos
onde nos resguardamos da correnteza
onde silenciamos as vozes.
os sonhos são só sonhos.
os buracos negros são só buracos negros.
a espiral de estrelas
quando estamos a ir ao fundo
do avesso
esta pele simples
pressente
que seremos mais fortes
mais cegos e mais surdos
a cegueira é só cegueira.
a surdez é só surdez.
estas sombras
que tens
dentro das mãos
onde pousas a cabeça
trair-te-ão sempre com simplicidade
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Poema do dia: Shahid Reads His Own Palm
Reginald Dwayne Betts
Shahid Reads His Own Palm
I come from the cracked hands of men who used
the smoldering ends of blunts to blow shotguns,
men who arranged their lives around the mystery
of the moon breaking a street corner in half.
I come from "Swann Road" written in a child's
slanted block letters across a playground fence,
the orange globe with black stripes in Bishop's left
hand, untethered and rolling to the sideline,
a crowd openmouthed, waiting to see the end
of the sweetest crossover in a Virginia state pen.
I come from Friday night's humid and musty air,
Junk Yard Band cranking in a stolen Bonneville,
a tilted bottle of Wild Irish Rose against my lips
and King Hedley's secret written in the lines of my palm.
I come from beneath a cloud of white smoke, a lit pipe
and the way glass heats rocks into a piece of heaven,
from the weight of nothing in my palm,
a bullet in an unfired snub-nosed revolver.
And every day the small muscles in my finger threaten to pull
a trigger, slight and curved like my woman's eyelashes.
Shahid Reads His Own Palm
I come from the cracked hands of men who used
the smoldering ends of blunts to blow shotguns,
men who arranged their lives around the mystery
of the moon breaking a street corner in half.
I come from "Swann Road" written in a child's
slanted block letters across a playground fence,
the orange globe with black stripes in Bishop's left
hand, untethered and rolling to the sideline,
a crowd openmouthed, waiting to see the end
of the sweetest crossover in a Virginia state pen.
I come from Friday night's humid and musty air,
Junk Yard Band cranking in a stolen Bonneville,
a tilted bottle of Wild Irish Rose against my lips
and King Hedley's secret written in the lines of my palm.
I come from beneath a cloud of white smoke, a lit pipe
and the way glass heats rocks into a piece of heaven,
from the weight of nothing in my palm,
a bullet in an unfired snub-nosed revolver.
And every day the small muscles in my finger threaten to pull
a trigger, slight and curved like my woman's eyelashes.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Álbum do Mês: Pain of Salvation - Road Salt One
Acho que não há nada no mundo que eu goste mais para além de livros e música. Acho que isso é bastante claro em relação ao que eu sou. Recentemente, num espaço de alguns meses, a banda sueca Pain of Salvation passou de uma banda que ouvia esporadicamente para uma banda da qual me tornei fã. Para muito contribuiu este "Road Salt One" que me ajudou na reconciliação com alguns álbuns passados da banda. Na verdade, e talvez o destino tenha destas coisas, o que me faltava para realmente gostar desta banda era dar tempo ao seus álbuns, deixá-los entrar-me pela pele e pelo ouvido adentro e ouvi-los. Ouvi-los muitas vezes. Isto aconteceu com todas as bandas das quais sou hoje fã, tive de ouvir os álbuns muitas vezes, e não é só por ser música progressiva, é porque álbuns especiais não são para ouvidos treinados para ouvir. No fundo, eu sou fã de bandas como os Pain of Salvation porque eles não fazem álbuns para o ouvido treinado e mecanizado, fazem arte em forma de música e letras ligadas num só meio expressivo, libertam fantasmas e partilham com quem esteja disposto a ouvir e a sofrer com eles, a reviver os sentimentos que eles nos lançam. Quando temos a coragem de os agarrar, como é o caso, posso não ser corajosa em muitas outras coisas, mas no que diz respeito à música, eu dou o peito às balas inocentemente, sempre procurando aquele sentimento primitivo. Na nossa vida há coisas que nos mudam, há coisas que respeitamos por serem belas, há coisas que respeitamos porque nos tornam melhores, há coisas que respeitamos porque ajudam a fechar a ferida. Sim, é verdade que álbuns como "Entropia", "The Perfect Element, Part I" e agora o "Road Salt One" colocam o dedo na ferida, abrindo e remexendo lá dentro, mas tão contraditoriamente ajudam na catarse pela intensidade sentimental que revelam. Sou muito sensível a este tipo de bandas e álbuns. E é por isso que decidi destacar mais uma banda, que acaba por ser não mais uma, mas uma banda que se destaca das outras, principalmente pela verdade que emana da sua vasta discografia. E a verdade é sempre desvalorizada quando se fala de música, na minha opinião, raramente desvalorizada. Oiçam o álbum e depois quero ver quem tem a coragem de me dizer que a verdade não interessa. "Road Salt One", um dos melhores álbuns do ano e nem sequer estamos a falar de metal. E nem esse tipo de conversa faz sentido porque os Pain of Salvation sempre foram mais do que uma banda de metal progressivo, sempre foram mais do que um estado musical fixo. E vão sê-lo sempre, com ou sem o reconhecimento daqueles que ainda têm coragem de ouvir música.
Ah, e vou fazer essa coisa impensável que é comprar o CD original. Eu sei que quando digo isto as pessoas começam a julgar-me e vêem em mim uma pessoa louca e desactualizada. Mas para mim, o melhor do presente não é um mp3 e um iPod e um Blackberry que podem levar 10 mil músicas que roubamos na net. O melhor é mesmo ainda haver bandas que lançem um disco físico, que possa ser comprado nas lojas, que tenha um booklet e artwork e as letras que a banda escreveu, e quem compôs as músicas e quem tirou as fotografias para o booklet, e o símbolo da banda no CD e o alinhamento de canções na parte de trás do CD, e os agradecimentos da banda à família e aos fãs que ainda compram o CD.
Road Salt One, song "She Likes to Hide":
Cause I am where I like to hide
I am where I like to hide
domingo, 16 de maio de 2010
Quote of the day: Conrad
“The belief in a supernatural source of evil is not necessary: men alone are quite capable of every wickedness”
Poem of the day: Across a Great Wilderness without You
Keetje Kuipers
Across a Great Wilderness without You
The deer come out in the evening.
God bless them for not judging me,
I'm drunk. I stand on the porch in my bathrobe
and make strange noises at them—
language,
if language can be a kind of crying.
The tin cans scattered in the meadow glow,
each bullet hole suffused with moon,
like the platinum thread beyond them
where the river runs the length of the valley.
That's where the fish are.
Tomorrow
I'll scoop them from the pockets of graveled
stone beneath the bank, their bodies
desperately alive when I hold them in my hands,
the way prayers become more hopeless
when uttered aloud.
The phone's disconnected.
Just as well, I've got nothing to tell you:
I won't go inside where the bats dip and swarm
over my bed. It's the sound of them
shouldering against each other that terrifies me,
as if it might hurt to brush across another being's
living flesh.
But I carry a gun now. I've cut down
a tree. You wouldn't recognize me in town—
my hands lost in my pockets, two disabused tools
I've retired from their life of touching you.
Across a Great Wilderness without You
The deer come out in the evening.
God bless them for not judging me,
I'm drunk. I stand on the porch in my bathrobe
and make strange noises at them—
language,
if language can be a kind of crying.
The tin cans scattered in the meadow glow,
each bullet hole suffused with moon,
like the platinum thread beyond them
where the river runs the length of the valley.
That's where the fish are.
Tomorrow
I'll scoop them from the pockets of graveled
stone beneath the bank, their bodies
desperately alive when I hold them in my hands,
the way prayers become more hopeless
when uttered aloud.
The phone's disconnected.
Just as well, I've got nothing to tell you:
I won't go inside where the bats dip and swarm
over my bed. It's the sound of them
shouldering against each other that terrifies me,
as if it might hurt to brush across another being's
living flesh.
But I carry a gun now. I've cut down
a tree. You wouldn't recognize me in town—
my hands lost in my pockets, two disabused tools
I've retired from their life of touching you.
sábado, 15 de maio de 2010
Playlist das próximas semanas: metal para todos os gostos
Estes são os álbuns que tenho previsto ouvir nestas próximas semanas. Já ando a adiar alguns destes há muito tempo, mesmo desde 2008 e 2009. E está na altura de começar a ouvir a últimas novidades antes que fique completamente obcecada com os novos lançamentos deste ano. É bom voltar a bandas que não oiço há bastante tempo, mas que sigo com interesse e ouvir novos projectos que podem vir a ser surpresas positivas.
a) Ramp - Visions
b) Swallow the Sun - New Moon
c) OSI - Blood
d) Isis - Wavering Radiant
e) Vader - Necropolis
f) Megadeth - Endgame
g) Triptykon - Eparistera Daimones
Poem of the day: A Grave
Marianne Moore
A Grave
Man looking into the sea,
taking the view from those who have as much right to it as you have to
yourself,
it is human nature to stand in the middle of a thing,
but you cannot stand in the middle of this;
the sea has nothing to give but a well excavated grave.
The firs stand in a procession, each with an emerald turkey-foot at the
top,
reserved as their contours, saying nothing;
repression, however, is not the most obvious characteristic of the sea;
the sea is a collector, quick to return a rapacious look.
There are others besides you who have worn that look--
whose expression is no longer a protest; the fish no longer investigate
them
for their bones have not lasted:
men lower nets, unconscious of the fact that they are desecrating a grave,
and row quickly away--the blades of the oars
moving together like the feet of water-spiders as if there were no such
thing as death.
The wrinkles progress among themselves in a phalanx--beautiful under
networks of foam,
and fade breathlessly while the sea rustles in and out of the seaweed;
the birds swim through the air at top speed, emitting cat-calls as hereto-
fore--
the tortoise-shell scourges about the feet of the cliffs, in motion beneath
them;
and the ocean, under the pulsation of lighthouses and noise of bellbuoys,
advances as usual, looking as if it were not that ocean in which dropped
things are bound to sink--
in which if they turn and twist, it is neither with volition nor
consciousness.
A Grave
Man looking into the sea,
taking the view from those who have as much right to it as you have to
yourself,
it is human nature to stand in the middle of a thing,
but you cannot stand in the middle of this;
the sea has nothing to give but a well excavated grave.
The firs stand in a procession, each with an emerald turkey-foot at the
top,
reserved as their contours, saying nothing;
repression, however, is not the most obvious characteristic of the sea;
the sea is a collector, quick to return a rapacious look.
There are others besides you who have worn that look--
whose expression is no longer a protest; the fish no longer investigate
them
for their bones have not lasted:
men lower nets, unconscious of the fact that they are desecrating a grave,
and row quickly away--the blades of the oars
moving together like the feet of water-spiders as if there were no such
thing as death.
The wrinkles progress among themselves in a phalanx--beautiful under
networks of foam,
and fade breathlessly while the sea rustles in and out of the seaweed;
the birds swim through the air at top speed, emitting cat-calls as hereto-
fore--
the tortoise-shell scourges about the feet of the cliffs, in motion beneath
them;
and the ocean, under the pulsation of lighthouses and noise of bellbuoys,
advances as usual, looking as if it were not that ocean in which dropped
things are bound to sink--
in which if they turn and twist, it is neither with volition nor
consciousness.
Novo poema: m.e.d.o – parte II: entre nós
Mais um poema para esta trilogia de poemas que criei. Ainda não sei se no fim será uma trilogia ou mais conjuntos de poemas sob o mesmo molde. Tenho de ver onde este projecto me leva. Mas aqui fica a segunda parte. Nem sequer sei se os vou usar no futuro, mas estou a testá-los.
m.e.d.o – parte II: entre nós
poucas são as vezes
em que arranjamos tempo
para ter consciência
do que somos
para ter consciência
do que é sentir os outros
sem outras pretensões
sem outras protecções
porque o medo
de encontrar um reflexo no outro
é mais aterrador
do que a dor
que sentimos
quando a nossa verdade
desperta
a minha verdade
é a tua verdade
está no teu sorriso
quando não vês
as barreiras
que nos separam
e nada mais há a fazer
para além de estender a mão
a esta nova voz
de uma nova cumplicidade
que rasga o medo
de ser feliz
m.e.d.o – parte II: entre nós
poucas são as vezes
em que arranjamos tempo
para ter consciência
do que somos
para ter consciência
do que é sentir os outros
sem outras pretensões
sem outras protecções
porque o medo
de encontrar um reflexo no outro
é mais aterrador
do que a dor
que sentimos
quando a nossa verdade
desperta
a minha verdade
é a tua verdade
está no teu sorriso
quando não vês
as barreiras
que nos separam
e nada mais há a fazer
para além de estender a mão
a esta nova voz
de uma nova cumplicidade
que rasga o medo
de ser feliz
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Novo poema: m.e.d.o
m.e.d.o (parte I)
começo a sentir
as mãos a acariciarem
sensualmente
o meu pescoço
começa o medo
a envolver-me
por entre
os teus
raios de luz
qual alma que esvoaça
do corpo
e se lança
no turbilhão
da vida
começa
a transformação
a recolha interior
o gritar na parte de dentro
aquilo
que desejaria roubar
o sentimento mais primitivo
começa no corpo
a mudar de posição
começa com o medo
a estender-me a mão
começo a sentir
as mãos a acariciarem
sensualmente
o meu pescoço
começa o medo
a envolver-me
por entre
os teus
raios de luz
qual alma que esvoaça
do corpo
e se lança
no turbilhão
da vida
começa
a transformação
a recolha interior
o gritar na parte de dentro
aquilo
que desejaria roubar
o sentimento mais primitivo
começa no corpo
a mudar de posição
começa com o medo
a estender-me a mão
Poem of the day: Ignatz Oasis
Monica Youn
Ignatz Oasis
When you have left me
the sky drains of color
like the skin
of a tightening fist.
The sun commences
its gold prowl
batting at tinsel streamers
on the electric fan.
Crouching I hide
in the coolness I stole
from the brass rods
of your bed.
Ignatz Oasis
When you have left me
the sky drains of color
like the skin
of a tightening fist.
The sun commences
its gold prowl
batting at tinsel streamers
on the electric fan.
Crouching I hide
in the coolness I stole
from the brass rods
of your bed.
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Poem of the day: 9.
E. E. Cummings
9.
there are so many tictoc
clocks everywhere telling people
what toctic time it is for
tictic instance five toc
minutes toc past six tic
Spring is not regulated and does
not get out of order nor do
its hands a little jerking move
over numbers slowly
we do not
wind it up it has no weights
springs wheels inside of
its slender self no indeed dear
nothing of the kind.
(So,when kiss Spring comes
we'll kiss each kiss other on kiss the kiss
lips because tic clocks toc don't make
a toctic difference
to kisskiss you and to
kiss me)
9.
there are so many tictoc
clocks everywhere telling people
what toctic time it is for
tictic instance five toc
minutes toc past six tic
Spring is not regulated and does
not get out of order nor do
its hands a little jerking move
over numbers slowly
we do not
wind it up it has no weights
springs wheels inside of
its slender self no indeed dear
nothing of the kind.
(So,when kiss Spring comes
we'll kiss each kiss other on kiss the kiss
lips because tic clocks toc don't make
a toctic difference
to kisskiss you and to
kiss me)
domingo, 2 de maio de 2010
Pray (prey) away
"Nothing ever changes when we pray"
Source of thought: Warrel Dane, song "When we Pray", album "Praises to the War Machine"
Prendas de Maio: música
Por acaso, Maio costuma ser um mês de muita oferta, quando olho para o passado, em Maio há sempre muitos concertos e coisas a acontecer. Mas não me lembro de haverem tantos lançamentos em Maio de bandas que sigo. Pelo menos não em anos recentes. E, mais curioso ainda, é o facto de sairem dois álbuns de duas das minhas bandas preferidas no dia 31 de Maio, precisamente no meu dia de anos. O que eu agradeço (obrigada Anathema e Nevermore, I really appreciate that). E, por essa razão, quis salientar este acontecimento, que é com um eclipse do sol, temos de aproveitar porque é raro. Ah, e porque não dizê-lo, não são só CDs, há por aí um grande DVD a sair também, já estou à espera dele também. Pois é, fãs de Porcupine Tree, o DVD que documenta a última tournée mundial antes do The Incident vai estar sair a 17 de Maio, e quem não foi rápido o suficiente já perdeu as edições especiais, porque já esgotaram todas.
31 de Maio: Nevermore - The Obsidian Conspiracy
31 de Maio: Anathema - We're Here Because We're Here
17 de Maio: Porcupine Tree - Anesthetize (DVD)
Poema do dia: Com os Mortos
Antero de Quental
Com os Mortos
Os que amei, onde estão? Idos, dispersos,
arrastados no giro dos tufões,
Levados, como em sonho, entre visões,
Na fuga, no ruir dos universos...
E eu mesmo, com os pés também imersos
Na corrente e à mercê dos turbilhões,
Só vejo espuma lívida, em cachões,
E entre ela, aqui e ali, vultos submersos...
Mas se paro um momento, se consigo
Fechar os olhos, sinto-os a meu lado
De novo, esses que amei vivem comigo,
Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
Juntos no antigo amor, no amor sagrado,
Na comunhão ideal do eterno Bem.
Com os Mortos
Os que amei, onde estão? Idos, dispersos,
arrastados no giro dos tufões,
Levados, como em sonho, entre visões,
Na fuga, no ruir dos universos...
E eu mesmo, com os pés também imersos
Na corrente e à mercê dos turbilhões,
Só vejo espuma lívida, em cachões,
E entre ela, aqui e ali, vultos submersos...
Mas se paro um momento, se consigo
Fechar os olhos, sinto-os a meu lado
De novo, esses que amei vivem comigo,
Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
Juntos no antigo amor, no amor sagrado,
Na comunhão ideal do eterno Bem.
sábado, 1 de maio de 2010
Evergrey em Portugal
Os Evergrey vão regressar a Portugal no dia 28 de Maio, mesmo pertinho dos meus anos. Ainda não sei se vou poder ir, mas farei tudo, até por ser numa 6ª feira. Mas quis assinalar este concerto porque os Evergrey são uma banda que aprecio muito, apesar de não me considerar fanática como em relação a algumas bandas que já referi no blogue. Apesar disso, tenho os álbuns todos deles e aprecio bastante principalmente os primeiros álbuns e o último. Tiveram uns anos de estagnação, mas regressaram em força e agora prometem novo álbum, o que é sempre entusiasmante para mim. Não percam a oportunidade de os ver. E não é todos os dias que eles cá metem as botas, vão por mim. Será com toda a certeza uma noite especial. Aproveito esta oportunidade para os referir aqui e quem sabe os dar a conhecer a novos públicos que nunca tenham ouvido falar deles. O álbum "Solitude, Dominance, Tragedy" é o meu preferido deles e sem dúvida um dos melhores na história do metal progressivo. Na minha lista, seguem-se "The Inner Circle", "In Search of Truth", "Recreation Day" e "Torn". Os outros dois passaram-me um pouco ao lado. São sugestões musicais, para quem as queira aceitar. Se não aceitarem também não faz mal, porque o prazer de os ouvir é uma coisa individual, e eu sou muito egoísta!
Poema do dia: Translating García Lorca
Mark Statman
Translating García Lorca
for Pablo Medina
the danger is not
that he'll take over
my poems
but that when it happens
I won't know
(image of cow, of horse
of cadaver or sleepy river
or a pure and less
than innocent love)
so when someone points it out
I won't see—
already eaten
devoured
Translating García Lorca
for Pablo Medina
the danger is not
that he'll take over
my poems
but that when it happens
I won't know
(image of cow, of horse
of cadaver or sleepy river
or a pure and less
than innocent love)
so when someone points it out
I won't see—
already eaten
devoured
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