ANATHEMA SIT
Odeio-te, Poesia, bruxa fria
que me deitaste o olhar, mal que nasci
e que me perseguiste, noite e dia,
ó bruxa fria para quem vivi.
Olha-me bem, fita-me bem, aqui
a retorcer-me em pasmos de agonia.
Maldita a hora em que me dei a ti,
ó bruxa fria! Odeio-te, Poesia!
Maldigo-te, ó engano dos enganos.
que matando me vais, nocturna, aos poucos!
Maldita sejas, bruxa enganadora!
Vai-te, Poesia, engano dos humanos,
Fazedora de Cristos e de loucos!
Fora de mim, ó Poesia! Fora!

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